1- Os povos do campo vivem os tempos da cibercultura?
Os povos do campo vivem os tempos da cibercultura, uma vez que os meios de
transmissão e comunicação estão presentes no dia-a-dia, percebemos que através
das redes e dos fluxos de informações, estamos vivenciando uma cultura, em que
os espaços de conhecimentos estão relacionados a características do ser humano
e envolve melhor a sua cultura. A informação coletiva esta presente em cada canto
nesse nosso mundo, cada vez mais pessoas estão incluindo-se, conectando-se com o
mundo virtual, tomando parte nessa comunicação digital. Hoje em dia qualquer cidadão
pode passar adiante aquilo que sabe ou não sabe. Porém existem algumas localidades
onde ainda não se tem acesso a todas essas tecnologias, há locais onde as pessoas
só recebem notícias através da televisão, do rádio, do telefone mas ainda assim não
deixam de viver a cibercultura.
2- Eles são afetados pela cibercultura?
São afetados, e um bom exemplo disso é que foi devido ao acesso a informações
e pesquisas que esses povos fizeram do campo um lugar mais produtivo, tornando
o plantio mais prático e consequentemente mais rentável, dando a este homem
entendimento para transformar o seu mundo, tornando-o mais ágil e significativo.
No cotidiano utilizam-se dessas ferramentas desde quando fazem uma pequena
aquisição no supermercado até grandes negociações com alguma empresa, usam a
cibercultura para diversos fins, incorporando essa cultura entre seus novos hábitos. De
alguma maneira estão ligados a tecnologia, seja compartilhando ou apenas recebendo
informações, ou ainda usufruindo dos serviços de saúde, de educação, de saneamento
básico ou até mesmo quando um filho se beneficia dos novos meios de aprendizagem
como por exemplo a Educação do Campo.
3- Como pode ser a relação entre os povos do campo e a cibercultura de modo a
ser benéfica para cada cidadão desse povos?
Essa cultura do tudo agora, e ao mesmo tempo não deve se sobrepor a cultura
de cada um. Assim como o conhecimento do cientista ou do doutor tem valor, o
conhecimento ou a sabedoria do homem do campo também tem. A internet, como um
dos principais veículos da cibercultura, não consegue por exemplo, compreender as
muitas relações que o ser humano constrói com Deus, com seus sonhos, com o outro
e a natureza. Quando houver um investimento maior e a cibercultura expandir-se, os
povos do campo poderão ter acesso ao computador e tornarem-se profissionais mais
capacitados e preparados para trabalhar com a realidade de cada um, tirando proveito
do que há de melhor em si mesmo. Ainda é possível criar novos relacionamentos e
referenciais de vida utilizando-se de informações e comunicações mais avançadas, e
não deixando que essas se sobressaiam aos conhecimentos que esse homem possui,
tornando-o capacitado para direcionar sua vida e as de que dele dependem.
4- Como pode ser a ação do Licenciado em Educação do campo de modo a se
beneficiar com as condições criadas pela cibercultura?
No nosso entendimento o saber do professor não pode nem deve ser classificado
como mais ou menos valoroso que o saber do aluno. Aquilo que o aluno do campo diz
deve ser complementado pela fala do professor, mas jamais substituído. O professor
na cibercultura deve ser autor de suas historias, seus conhecimentos podem e devem
ser compartilhados tanto com o igual quanto com o diferente. Ele precisa capacitar-se
para repassar conhecimentos, e para saber valorizar a diversidade de cultura que seus
alunos apresentam. O educador do campo nos tempos da cibercultura tem o “poder”
de levar o mundo para dentro das casas de seus alunos, de torna-los autores de
suas historias e da historia do local onde vivem. Mas para isso é importante que essa
apredizagem seja utilizada no campo de cada um, onde cada ser é ator, levando em
consideração as dificuldades e limitações de modo a ampliar os conhecimentos e a
qualidade de vida dessas pessoas, que é o que mais importa.
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